Leiam o que vai na Folha on-line. Comento em seguida.
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), deu sinais hoje que a oposição ao governo Dilma Rousseff ficará a cargo do Congresso.
Ele se encontrou na manhã de hoje com a presidente no Palácio do Planalto.
Segundo Anastasia, os governadores tucanos decidiram que terão uma "boa relação administrativa" com o Planalto. O PSDB é o principal partido de oposição e foi derrotado no ano passado, no segundo turno das eleições presidenciais.
"No Parlamento é onde ela [a oposição] se manifesta de maneira sempre mais aguda e mais presente", disse Anastasia. "Eu vim demonstrar que o Estado de Minas Gerais é um Estado parceiro do governo federal", completou.
Outro governador do partido, Geraldo Alckmin, de São Paulo, fez uma deferência à nova presidente ao viajar a Brasília para a posse, em 1º de janeiro.
A oposição "light" dos governadores do PSDB se choca com a iniciativa recente de líderes do partido, como José Serra, ex-governador de São Paulo e candidato derrotado nas eleições presidenciais, de criticar publicamente o governo.
Anteontem, via Twitter, Serra criticou o "fisiologismo, corrupção e incompetência" do PT na Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de elencar problemas na economia brasileira. Serra foi ministro da Saúde.
CONVITE
Em outra demonstração da boa fase na relação com o Planalto, Anastasia convidou Dilma para ser a oradora principal do evento de 21 de Abril em Ouro Preto. Segundo ele, a presidente aceitou.
O mineiro também fez questão de frisar o termo "presidenta" quatro vezes ao se referir a Dilma --como ela prefere ser chamada.
A reunião foi solicitada pelo governador. Durante cerca de 40 minutos, eles conversaram sobre as obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014, o metrô de Belo Horizonte e programas sociais.
Dilma o comunicou que a Presidência abrirá um escritório em Belo Horizonte, cidade onde ela nasceu e onde vivem familiares.
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Anastasia fala em nome de todos os governadores de oposição? Bem, espero que não. É claro que os Governos dos Estados, na mão da oposição ou da situação, precisam ser parceiros do Governo Federal, o que não quer dizer que não possam exercer o papel que lhes cabe na democracia: fazer oposição.
Se a atividade de se opor ao Governo Federal ficar só a cargo do congresso, aí é o que negócio não vai bem. Por quê? Aécio Neves, senador eleitor por Minas Gerais e antecessor de Anastasia, já disse que pretende fazer o que chamou de 'oposição propositiva'. Não sei bem o que isso significa, mas me parece um termo mais usado pelos petistas, que acenam com cargos no governo em troca de uma oposição, digamos, um pouco mais dócil.
Aécio poderia simplificar e fazer simplesmente oposição, que é o que esperam os milhões de eleitores dele. Espero que os oposicionistas, no geral, estejam mais alinhados com Serra que com Anastasia, pois, a ser como pretende o Governador de Minas, a oposição já começou a preparar agora a derrota de 2014!
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